"Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria."
O trecho acima é a primeira estrofe de uma música, que foi muito executada no início dos anos 90. A letra desta música tem como coincidência ou inspiração, uma parte da carta que Paulo, Apóstolo de Jesus, escreveu ao povo de Corínto.
O trecho da carta, o qual se refere a primeira estrófe da letra da música, é o seguinte:
"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.
Ainda que tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé ao ponto de trasportar montes, se não tiver amor, nada serei."
Continuando ainda na carta de Paulo, temos vários pontos, coindidentes ou inspirativos, (prefiro inspirativos, pois a carta de Paulo além de ser muito conhecida, é anterior a letra da música), dos quais, os que se seguem, mostram algo impraticável à condição humana, devido o grau de subjetividade, sendo o ser humano sempre pego em seus sentimentos, onde nenhum desses sentimentos procedem de bem algum.
"Agora, pois, permanece a fé, a esperança e o amor, estes três: porém o maior destes é o amor.
O amor...
:: é paciente
:: faz o bem
:: não é ciumento
:: não é orgulhoso
:: não é arrogante
:: não é incoveniente
:: não é interesseiro
:: não é furioso
:: não se ressente do mal
:: não se alegra com a injustiça
:: regozija-se com a verdade
:: tudo sofre
:: tudo crê
:: tudo espera
:: tudo suporta
O amor... já mais acaba."
I Carta aos Coríntios Capítulo 13, versículos 13 e 4 à 7
Trago a observação vital de que o amor aqui mencionado não o é aquele que conhecemos, do namoro, da TV, do sexo, do tratamento carinhoso, etc, enfim esse amor é aquele com que Deus nos amou a ponto de entregar por todos nós, os seres humanos, o seu único filho, a saber, Cristo. Esse sim é o amor que estamos tratando aqui.
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."
Evangelho segundo João Capítulo 3, versículo 16.
"Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor."
I Carta Universal de João Capítulo 4 versículo 8.
Vimos que as características do amor são impraticáveis pelo gênero humano. Vimos que o amor não é um sentimento, mas é Deus.
Então se queremos amar, o que devemos fazer?
Pois sim, devemos nos enquadrar no seguinte texto de João:
"Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber os que crêem no seu nome."
Evangelho segundo João Capítulo 1 versículo 12.
Se tornando filho, temos o Pai e tendo o Pai temos o amor que é o próprio Pai, Deus.